Amor além dos poemas de amor (I - Gênesis)
Tomou feição de lágrima
no batismo da face.
Na medida que a alma fluía,
o corpo sublimava.
Ia beijar o pé das nuvens.
Quando viu
se viu
desiludido:
a criatura por si só sendo
criada?
Foi tomá-la pela mão.
Ao chegar precipitado
tombou um céu de altura.
O deslize do céu.
Desde então eles gravam
no busto da vida alguns de seus laços.
E há quem diga que o homem
vale de Deus na terra pra dar liga ao barro.
Cristiano Siqueira
Tomou feição de lágrima
no batismo da face.
Na medida que a alma fluía,
o corpo sublimava.
Ia beijar o pé das nuvens.
Quando viu
se viu
desiludido:
a criatura por si só sendo
criada?
Foi tomá-la pela mão.
Ao chegar precipitado
tombou um céu de altura.
O deslize do céu.
Desde então eles gravam
no busto da vida alguns de seus laços.
E há quem diga que o homem
vale de Deus na terra pra dar liga ao barro.
Cristiano Siqueira
(Foto de Nils Jorgensen)
7 comentários:
cortante...adorei!!!
bjus
linda a maneira de escrever sobre o amor.
O amor é coisa dos céus, mesmo!
Há que percorrer esses longos caminhos para tocá-lo!
Olá, Menino Poeta... sempre me surpreendendo com vc... amei...
bjss
Ana
Oi, Cristiano. Vindo conhecer teu blog, maravilha de textos...
Acredito que somos mesmo criaturas poéticas sendo por si só criadas à imagem e semelhança de nossas leituras de vida e de tempo.
Parabéns pelo blog, é um privilégio tê-lo como amigo e colega de letras, em prosa e verso. Abrs, Zé.
seria este um poema religioso?
Nossa, que MARAVILHOSO!
Lindíssimo, Cristiano! Parabéns!
Sinto-me muito grata e honrada por tua visita lá no blog; espero que possa voltar mais vezes...
Um bjo grande.
Talita.
Visitei teu blog e gostei muito dos teu poemas. Estás de parabéns!!!
Espero a tua visita no meu blog:
http://deborabenvenuti.loveblog.com.br
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