Amor de pazes

Façamos as pazes!
A paz que trazes
como se adormecesse
em leito tirante
aos céus lilases!

Ó amor! Regresse
ante o que temos
e vivemos antes
da discórdia.
O porvir
é nossa história!

Erram pelas jugulares
do desperdício,
todas nossas vozes
engolidas, amores
seculares perdidos
por não serem
confessados.

Um semblante vem
por nós entristecendo
e não nos faz seguir
adiante.
Partilhemos da tristeza unidos
e não tenhamos a crueza
de ver enfermiço,
o regozijo do amor!
Cristiano Siqueira


(Com gratidões à estimável poetiza e amiga Eline Barbosa, pela honra de sua-minha constante leitura)

(Foto de Inez Antunes)

4 comentários:

Unknown disse...

Belas formas de poema!
Clássicas!
atemporais!

Anônimo disse...

Cristiano,
Lendo esta série, Indícios de Amor e vendo e me deliciando com todo seu entrelaçamento com o tema, amor/paixão/erotismo, acabei divagando por terras próximas às suas. Me lembrei de ter lido sobre as publicações(ou leituras) da obra de Lygia Clark. São diários eróticos, só agora tornados públicos(ela morreu em 1988) e que estavam arquivados no MAM(RJ). Ela foi uma mulher revolucionária em tudo (ícone do neoconcretismo) e parece que na escrita tb vai deixar saudades. Se eu descobrir algo dela publicado, te comunico.
No mais, adorei sua paixão falada/poesia escrita/sexo sugerido.
Um grande abraço, Luciano Caldas.
Um grande abraço

Unknown disse...

Queria poder comentar.....

Unknown disse...

Aaah já sei!
Este poema foi o que vc escreveu pra mim?
Lindo! Os dois.....