Quando cansares
Da profusão de olhares
Com que te fitam
Quando num suspiro
Clamar a intimidade
De tua mão em abrigo
Quando uma canção
Tua voz ornar
Para o convívio
Um albatroz fará
De seu vôo, sombra
Para o teu alívio.
Quando assomar
As cores do destino
Nas portas sem saída
Quando for caída
A pétala da agonia
Por sobre tua vida
Quando um feixe
Contrito nos capuzes
Do céu assombrar
Um peixe te trará
O alento da benção
Na anágua das águas.
Quando a solidão
Aos ombros da noite
Estender tua cama
Quando falto de amor
Chorares alto: meu Deus
Como se ama?
Quando teu caminho
Na passada de teus eus
Ser tal que desencanta
O humo plantará
No ventre de tuas plantas
Toda a fertilidade da terra.
...
Quando partires
E a tristeza alcançar
O pulso das lágrimas
Quando ficares
E o manto da lástima
For o pranto da alma
Quando enfim
Duvidares que todo
Amor tem seu fim
A ave, o peixe
E o solo teu, amor...
Tudo isso era eu!
Cristiano Siqueira
E a tristeza alcançar
O pulso das lágrimas
Quando ficares
E o manto da lástima
For o pranto da alma
Quando enfim
Duvidares que todo
Amor tem seu fim
A ave, o peixe
E o solo teu, amor...
Tudo isso era eu!
Cristiano Siqueira
(Foto de Aline Siqueira)
6 comentários:
Nobilissimo amigo agora deixando o coração dizer por palavras os profundos sentimentos de verdadeiro amor. É isso, ta de parabens e continue assim que receberas muita coisa boa em troca nesta passageira passagem pela Vida. Abraço e sucesso...
Poema maravilhoso e foto maravilhosa!
Era o que eu tava precisando!
:****
lindo e forte em minhas entranhas.
Poema em conjunção com as forças da natureza...
A matéria de que somos feitos!
Céu, terra, água e poesia!
Oi cara... E ai.. Valeu pelo convite, principalmente pelo elogio, eu nao esperava... Parabens meu velho, a poesia ta linda, eu nao sabia do seu gosto pela escrita, e algo que eu tambem gosto bastante, depois eu te mostro alguns rabiscos.. hehe.. Um abraco e mais uma vez muito obrigado pelo convite e pelo elogio...
O que somos sempre estará escrito em naturezas pareias que nos obrigam a voltar pra terra de onde viemos, navegar nas tempestades de sentimentos tardios, içando as velas aos ventos de humanismo que levam nossas folhas ao beleléu!!!
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