amor à auto-biografia
cheguei por caminhos imprevisíveis,
acredito que lentamente
pra poder ficar:
ainda não cheguei
horas sou
que não sou
poeta: mas espero...
colho o aroma das flores
plantadas às margens
de um raio de sol
não penso pra poema,
deus também é minúsculo,
tenho as velas das rezas de minha mãe
acendidas sobre os ombros
quando delimito meu acaso
vem o etéreo e me dilui,
nos quintais de todo o espaço
dou minha mão para a outra
e atravesso ruas que não levam meu nome
se me sufoco giro em torno a mim,
não há como fugir:
ninguém ama mais nem menos do que o amor impõe.
cheguei por caminhos imprevisíveis,
acredito que lentamente
pra poder ficar:
ainda não cheguei
horas sou
que não sou
poeta: mas espero...
colho o aroma das flores
plantadas às margens
de um raio de sol
não penso pra poema,
deus também é minúsculo,
tenho as velas das rezas de minha mãe
acendidas sobre os ombros
quando delimito meu acaso
vem o etéreo e me dilui,
nos quintais de todo o espaço
dou minha mão para a outra
e atravesso ruas que não levam meu nome
se me sufoco giro em torno a mim,
não há como fugir:
ninguém ama mais nem menos do que o amor impõe.
Cristiano Siqueira
(Foto de Gil Prates)
4 comentários:
Perfeito, o último verso!!!Por isso é preciso deixar(-se) ir, deixar(-se) levar....Fazer força só atrapalha as coisas, né? O pau é quando esse amor, não correspondido, insiste em permanecer. Ô vida injusta, sô! J.L.
Que lindo poema. E que ótimo isso...amar nossa auto-biografia. Muito bom!
"horas sou
que não sou
poeta"
Tudo a ver
com o poema "Elementar"
que publiquei,
há alguns dias,
em minha confeitaria:
http://docedelira.blogspot.com/
Convido você
para uma visita! : )
Um beijo.
Sem dúvida, Cristiano
ainda não chegamos.
Mto maduro!
Bjo.
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