Amor eterno!

Amor eterno,
Onde estás que não te vejo?
Escorrem pelos meus medos,
Teus rastros primeiros...

A vastidão de teus segredos!

Passageiro de si mesmo,
Tuas cartas são os ventos
Dos místicos corações
Postadas em vermelho...


Dos céus tu és um mito!
Roga Deus em orações
Ser de ti, ao menos,
O mínimo.

Por ti, clamam amores!
O sentido das águas
E as flores dos planetas!

Por ti, a idade dos tempos
Alcança os teus ensejos!

E quando tudo enfim
O amor eterno explora,

Ainda avança...
Ao seu próprio recomeço...


Cristiano Siqueira
(Foto de Inez Wiederhecker)

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