Amor sem tempo
Eu, súdito de tua ausência,
Recomponho os ares pelos quais
Navegaram teus perfumes.
Trago em mim a cicatriz de teu silêncio,
Ardo na lembrança de teus vagos lábios perpétuos!
Tu que levastes a ti os meus lugares
E fizeste de minh’alma teu manto em torno a mim,
Não dás conta que me adentro em inverno rigoroso,
Onde o mantimento é a fome de teu pêlo.
Ah! Viesse agora a sombra de tua boca
Para nela repousar a flama de meu beijo!
Eu não te poderia amar;
Tu não saberias me dar tempo...
Trago em mim a cicatriz de teu silêncio,
Ardo na lembrança de teus vagos lábios perpétuos!
Tu que levastes a ti os meus lugares
E fizeste de minh’alma teu manto em torno a mim,
Não dás conta que me adentro em inverno rigoroso,
Onde o mantimento é a fome de teu pêlo.
Ah! Viesse agora a sombra de tua boca
Para nela repousar a flama de meu beijo!
Eu não te poderia amar;
Tu não saberias me dar tempo...
Cristiano Siqueira
(Foto de Vincente Sampaio)
Um comentário:
Gostei dessa frase: "fome do teu pêlo..." Mostra o macho na sua essência. Um homem e uma mulher. Macho e fêmea...é assim que deve ser!
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